Superpopulação?

Sim, por duas razões principais. Primeiro, a expansão da sociedade humana está deslocando espécies no mundo inteiro, iniciando uma nova época de extinção em massa. Segundo, estamos degradando os ecossistemas do planeta, que nos proveem recursos e serviços insubstituíveis que futuras gerações precisarão para desfrutarem vidas dignas. Devido ao fato que há pessoas demais no planeta Terra para compartilhar os seus dons igualmente com outras espécies e futuras gerações, o mundo está superpopulado.

Desflorestamento em Madagáscar. A destruição de habitat ameaça muitas espécies nativas de Madagáscar, culminando com a extinção de vários até nos últimos tempos.

A superpopulação já existe para bilhões de humanos vivendo na pobreza e em condições precárias no mundo inteiro: em terras desgastadas, em casebres inseguras, faltando água potável ou simplesmente vivendo em ambientes altamente poluídos. Desastres naturais, como secas, enchentes, e terremotos matam pessoas, mas a superpopulação é igualmente fatal por aumentar a vulnerabilidade dos seres humanos. A imprensa, porém, raramente comunica esses fatos.

A superpopulacão existe hoje em megalópoles lotados, onde muitos residentes nunca hão visto uma paisagem estreme. Mesmo pequenos espaços verdes estão desaparecendo em áreas urbanas densamente populosas; mais desaparecerão conquanto a urbanização e o crescimento populacional continuem. Os efeitos negativos de aglomerações e da falta de conexão com a natureza são bem registrados.

Favelas no Rio de Janeiro, uma das megacidades mais densamente populosos no mundo, onde a superpopulacão aparentemente já existe.

Presentemente, existem 7.6 bilhões de seres humanos, e as Nações Unidas prevê um aumento de 4 bilhões até 2100 se as tendências atuais continuem inalteradas. Nossa superpoluação é óbvia se comparamos a população atual com a de 1960 – 3 bilhões de pessoas – e posamos perguntas como: “Quão sério seria o problema de mudança climática se tivéssemos mantidos a população em torno de 3 bilhões de pessoas?”, “Quantas pessoas a menos teriam morrido de fome e guerra?”, “Quanto menos poluição e dejetos plásticos haveria?” e “Quanto menos comida seria necessário e qual é a extensão de florestas, campos, zonas húmidas e outros ecossistemas que seriam poupadas da conversão para terrenos agrícolas?”

As últimas projeções demográficas da ONU (2019) mostram como diferentes níveis de fertilidade fazem uma diferencia notável em níveis populacionais futuros. A variável “fertilidade atual” mantém os presentes níveis de fertilidade e mortandade.

Estudos sugerem que uma população futura de 11 ou 12 bilhões poderia requerer uma duplicação da produção de comida globalmente. Ainda assim, hoje dezenas de milhões de pessoas dormem com fome no mundo inteiro. O contínuo crescimento populacional, combinado com as incertezas das mudanças climáticas, poderia culminar em uma insegurança alimentícia ainda maior nos anos a vir. Enquanto isso, as tentativas de alimentar todas as novas pessoas vão desgastar ainda mais a biodiversidade da Terra, diminuindo o espaço de terreno nativo e colocar milhares de espécies a mais em extinção. Os seres humanos não têm o direito de agir tão egoisticamente e destrutivamente. A Terra é o lar de outros também.

É importante dar conta que a superpopulação existe em muitos países desenvolvidos com taxas de consumo altas demais, e também em países subdesenvolvidos com taxas de fertilidade altas demais. Todo esforço deve ser despendido para reduzir níveis de consumo e taxas de fertilidade; essas duas medidas em conjunto criará um mundo melhor para futuras gerações no planeta.

Consumismo em países desenvolvidos

A palavra “superpopulação” é raramente usada por líderes políticos, a imprensa ou até muitos ambientalistas. Uma pesquisa de opinião internacional recente, porém, mostrou que muitas pessoas em países diferentes consideram a superpopulação um problema sério. Nesse caso, a população está um passo a frente das lideranças. As pessoas comuns também estão mais propensas a considerarem um futuro que não depende no crescimento ilimitado – uma impossibilidade ecológica em um planeta finito.

Felizmente, é possível acabar com o crescimento populacional mundial de uma maneira igualitário e sem coerção. As políticas corretas já ajudaram dezenas de países a estabilizarem as suas populações, e muitos outros estão a caminho para essa meta. Acabar com o crescimento populacional e deixar que níveis populacionais comecem a declinar devido às taxas de fertilidade reduzidas são passos necessários para criar sociedade ecologicamente sustentáveis. Vai ajudar futuras populações, humanas e não-humanas, a prosperarem no futuro.

Caminhando à sustentabilidade ambiental: um território diverso com florestas, fazendas e assentamentos dispersos.

Traduzido por Renato Whitaker

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